Vender em marketplaces parece algo simples. Você cadastra um produto, recebe um pedido, faz o envio e espera o dinheiro cair na conta. Só que, em meio a tantos detalhes, entender se você realmente está lucrando pode ser difícil. É justamente nesse ponto que entra a necessidade de controlar custos. A planilha de custo de produto evita que o vendedor fique no escuro sobre quanto realmente põe no bolso ao final do mês.
Sem controle, qualquer venda pode virar prejuízo.
O cenário mais comum? Vender muito, mas sem enxergar o tamanho real da sua margem de lucro. Quem nunca ouviu relatos de amigos do e-commerce que “no final, só pagaram contas”? É frustrante. Por isso, montar um controle financeiro detalhado para cada produto é o primeiro e, talvez, mais relevante passo para o crescimento sustentável no marketplace.
Por que acompanhar os custos dos seus produtos?
Todo vendedor deseja aumentar receitas, mas poucas pessoas dão atenção ao controle das despesas. O cuidado com os gastos é o que separa negócios saudáveis daqueles que acabam ficando pelo caminho, mesmo vendendo bem.
Segundo a Receita Federal do Brasil, a diferença entre custos fixos e variáveis é um dos pontos-chave da contabilidade. Custos fixos, como aluguel ou salários, permanecem iguais independentemente do volume de vendas. Já os variáveis, como comissão do marketplace, frete e embalagem, aumentam ou diminuem conforme o seu desempenho.
Ignorar essa separação em uma planilha pode acabar escondendo gastos que comprometem o lucro da operação. Muitos vendedores só percebem o impacto quando o caixa aperta.
Entender custos é a base para qualquer decisão inteligente de preços.
Colocando todos os custos no papel
Tudo começa com organização. Uma excelente planilha de custo de produto para vendedores de marketplace nem precisa ser um documento complexo. O segredo está em listar, de forma honesta, toda e qualquer despesa envolvida na venda.
Os custos fixos mais frequentes
- Assinaturas mensais de ferramentas
- Despesa de aluguel do espaço físico (quando existe)
- Conta de luz e internet (divididas proporcionalmente se usar em casa)
- Salários fixos de funcionários
- Impostos mensais (Simples Nacional, MEI, etc.)
E os custos variáveis?
- Custo do produto (aquisição, produção, insumos)
- Comissão cobrada pelo marketplace
- Tarifas de transação
- Frete (quando pago por você, ou pelo cliente)
- Embalagem individual (caixas, plásticos, etiquetas)
- Taxas de antecipação de recebíveis
Agora, veja como esses custos aparecem no dia a dia:
Vendeu uma camiseta por R$ 100? O preço final esconde pelo menos sete tipos de custos por trás.
Desde o valor pago à fábrica (se você revende), até aquela etiqueta nova que decidiu testar. Incluir cada centavo pode parecer exagero, mas, no longo prazo, faz toda a diferença. Números honestos são sempre melhores para quem quer ter gestão de verdade.

Passo a passo: montando sua planilha do zero
Se você nunca fez esse controle, não se preocupe. O modelo clássico de planilha de custos para marketplace segue sempre uma lógica simples. Mas é importante seguir cada etapa, para não deixar furo em nenhum ponto.
- Liste todos os seus produtos individualmente. Separe cada item (SKU) para saber o quanto cada um impacta no seu bolso.
- Adicione o custo de aquisição (ou fabricação) de cada unidade. Nesta linha vai o valor bruto que você paga no produto.
- Inclua taxas pagas ao marketplace. Escreva a porcentagem e o valor em reais por venda.
- Coloque o custo da embalagem para cada pedido. Caixas, fitas adesivas, etiquetas, tudo entra nessa conta.
- Some o valor do frete, se você arca com essa despesa. Se o cliente paga, este campo pode ser zerado.
- Não esqueça das despesas bancárias e outras tarifas. Aqui entram, por exemplo, taxas de pagamentos online ou antecipação de recebíveis.
- Distribua uma parte do seu custo fixo por produto. Se você paga R$ 1.000 por mês de aluguel e vende, em média, 500 itens, cada peça “leva” R$ 2 de custo fixo.
No Excel, Google Sheets ou qualquer outra ferramenta parecida, o segredo está na separação das colunas e na descrição detalhada. Você pode até adicionar comentários explicativos sobre cada despesa, facilitando o acompanhamento futuramente.
Como foi a última vez que você mediu exatamente quanto sobrou na venda?
Calculando markup e margem de lucro
Com a planilha de custo de produto completa, agora chega a parte que realmente interessa para o seu negócio: saber o quanto você ganha em cada venda.
Entendendo markup
O markup é o fator multiplicador que você aplica sobre o custo do produto para chegar ao preço de venda. Ele precisa cobrir todos os custos variáveis e fixos (atribuídos), acrescido do lucro desejado.
A fórmula clássica é esta:
Markup = (Preço de Venda) / (Custo Total)
Por exemplo: se o seu custo total é R$ 60 e você quer vender por R$ 100, seu markup é 1,66. Isso mostra quantas vezes você multiplica o custo total para chegar ao valor ao consumidor.
Calculando a margem de lucro real
Já a margem de lucro mostra, em percentual, o quanto você realmente ganha. É diferente do markup!
Margem (%) = [(Preço de venda - Custo total) / Preço de venda] x 100
No exemplo acima, sua margem será de {(100-60)/100} x 100 = 40%. É esse número que vai indicar se seu negócio é saudável. Margens baixas podem ser um alerta importante.

Usando a planilha para melhorar preços e detectar produtos problemáticos
Até aqui, você já percebeu que a planilha não serve só para “olhar para trás”, mas para agir. O controle contínuo permite ajustes de rota e decisões baseadas na realidade do seu negócio.
Quando ajustar seus preços?
Se as margens estiverem apertadas, reveja o preço de venda. Não tenha medo de mexer na tabela. Às vezes, a concorrência ou a sazonalidade afetam as margens, manter preços estáveis pode ser arriscado em períodos de inflação ou aumento de custos de insumos.
Acompanhe o histórico das suas margens com relatórios mensais. Se determinado produto cair demais a rentabilidade, vale repensar se deve continuar vendendo ou buscar novos fornecedores.
Como identificar produtos com margem baixa?
- Procure colunas (ou linhas) com lucro líquido igual ou abaixo de zero.
- Atenção para variações repentinas em frete ou comissão do marketplace.
- Observe custos indiretos aumentando, como embalagem ou energia (alguns passam despercebidos no dia a dia).
Já parou para pensar que, em alguns casos, vender mais pode piorar a saúde financeira do negócio? Se o produto principal está rodando no vermelho, todo o esforço é insuficiente.
Volume de vendas alto não compensa margem negativa.
Integração com marketplaces e acompanhamento em tempo real
Com vender nos principais marketplaces, você pode acabar se perdendo nos detalhes e esquecendo de atualizar dados importantes da sua tabela. Imagine que os valores de comissão mudaram este mês, ou que o marketplace passou a cobrar taxa extra para campanhas de destaque. Se você não ajustar os campos da tabela, ficará com uma visão enganosa.
Soluções automatizadas, como plataformas de controle financeiro especializadas em integração direta ao marketplace, facilitam esse passo. É o caso da Oquesobra, que trabalha conectada aos principais pontos de venda. Assim, o sistema atualiza custos e relatórios em tempo real, cruzando seus dados cadastrados com as taxas e números reais de cada marketplace.
A vantagem? Decisão assertiva e rápida. Se algo muda no panorama de custos, você já recebe um alerta, evitando prejuízos silenciosos. Pode não parecer, mas muitos negócios só descobrem “rombos” quando já é tarde demais.

Benefícios de integrar sua planilha com plataformas de marketplace
Se você já usou planilha no papel ou só no computador antes, sabe: as informações geralmente ficam defasadas muito rápido. Com a automação, os benefícios aparecem logo nos primeiros dias:
- Eliminação de erros manuais de digitação
- Atualização automática de taxas e despesas variáveis
- Exportação fácil de relatórios para tomada de decisão
- Alertas de produtos com margem baixa, antes que eles prejudiquem seu lucro
- Visualização clara das despesas fixas e variáveis mês a mês
Plataformas como a Oquesobra ajudam os vendedores que atuam em marketplaces a controlarem o desempenho financeiro dos produtos, sem necessidade de planilha complicada. Você pode começar a monitorar com apenas alguns cliques, conectar diretamente aos marketplaces e testar todos os recursos gratuitamente, sem burocracia nem cartão de crédito exigido.
Quanto mais ágil seu acompanhamento, mais tempo você dedica ao crescimento.
Conclusão
Nada substitui o conhecimento detalhado dos custos do seu negócio. O controle com planilha de custo de produto ajusta o preço certo, detecta prejuízos escondidos e mostra o melhor caminho para lucrar. Se você sente que está patinando ou sempre volta ao ponto de partida, talvez falte justamente transparência na precificação.
Vale a pena testar integrações automáticas, que conectam marketplaces e relatórios financeiros—como oferecido pela Oquesobra. Assim, sobra tempo para pensar em estratégias e menos preocupação com controles manuais. Comece sua experiência sem compromisso, busque resultados práticos e entenda de verdade por que a planilha é o coração do e-commerce de sucesso.
O lucro do seu negócio começa pelo controle dos custos. Dê o primeiro passo hoje mesmo.
Perguntas frequentes sobre planilha de custo de produto
O que é uma planilha de custo de produto?
É um documento que reúne todos os custos envolvidos na produção, aquisição e venda de cada item comercializado, incluindo taxas, impostos, frete, embalagem, entre outros. Serve como base para precificar corretamente e calcular lucro real em vendas no marketplace.
Como montar uma planilha de custos eficiente?
O primeiro passo é listar todos os produtos vendidos. Em seguida, organize os custos fixos (como aluguel, salários) e os variáveis (produto, comissão, frete, embalagem). Distribua os custos fixos entre os itens e preencha a planilha regularmente, deixando campos de observação para esclarecer variações. Assim, evita esquecer despesas pequenas que, na soma, afetam o lucro.
Quais informações incluir na planilha de custos?
Inclua nome do produto, custo de aquisição ou produção, comissões de marketplace, taxas de pagamento, custo de embalagem, valor de frete, despesas fixas proporcionalizadas, impostos, e margem de lucro desejada. Não esqueça de atualizar sempre que houver mudanças de fornecedores ou reajuste nas tarifas dos marketplaces.
Vale a pena usar planilha para vender online?
Sim. Um bom controle de custos evita prejuízos “invisíveis” que aparecem só no fechamento do mês. Com a planilha detalhada, você precifica melhor, identifica produtos problemáticos e toma decisões mais seguras em promoções e investimentos em campanhas. Para quem busca crescer no marketplace, monitorar custos é o caminho mais seguro.
Onde encontrar modelos gratuitos de planilha de custos?
Há diversos modelos gratuitos na internet, especialmente em blogs voltados para empreendedorismo e vendas online. Plataformas como a Oquesobra podem servir de referência e inspiração, já incluindo campos automáticos e sugestões de cálculo de margem, simplificando o acompanhamento do desempenho financeiro.